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Rollemberg troca secretários de Segurança, Justiça e Economia do DF; entenda

por Editoria Delegados

DF: Márcia de Alencar e Marcelo Lourenço deixam os cargos


Governador do DF, Rodrigo Rollemberg, anuncia mudanças no secretariado (Foto: Toninho Tavares/GDF/Divulgação) 

 

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, anunciou nesta segunda-feira (27) a troca de três secretários do primeiro escalão. A principal mudança é na secretaria de Segurança Pública, que passa a ser comandada pelo delegado federal e ex-subsecretário de Comando e Controle do Estado do Rio de Janeiro, Edval de Oliveira Novaes Júnior.

O delegado substituirá Márcia de Alencar, que comandava a pasta desde janeiro de 2016. Segundo o governador, a prioridade dele no cargo será atuar para pacificar as forças de segurança pública no DF, que vivem disputas internas por equiparação salarial e questões de comando.

“O trabalho em harmonia das polícias Civil, Militar, Bombeiros e Detran é fundamental para o sucesso de uma política de segurança. Promover essa integração é uma prioridade.”

Segundo Rollemberg, Márcia de Alencar será chefe da Secretaria Adjunta de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos – hoje, uma subdivisão da Secretaria de Trabalho. Nos próximos meses, o governo estuda desmembrar essa pasta, formada pela junção de três secretarias em outubro de 2015.

O secretário de Justiça Marcelo Lourenço Coelho Filho também deixa o cargo. No lugar dele, assume o atual secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Arthur Bernardes (PSD). Já o lugar dele será ocupado pelo atual superintendente do Sebrae no DF, Antônio Valdir.

De acordo com o GDF, as mudanças devem ser oficializadas ainda nesta semana, à exceção de Antônio Valdir, que precisa se desvincular do Sebrae antes de assumir o cargo no GDF. Rollemberg negou que as mudanças tenham sido motivadas por crises no governo.

“É bom ressaltar que o trabalho vem sendo desenvolvido pelos ex-secretários tem trazido muitos resultados positivos, e o que queremos agora é melhorar. Buscar dados ainda mais positivos na segurança pública, na economia e na área de Justiça, especialmente ao atendimento da população”, disse.

Impacto político

A “dança das cadeiras” iniciada nesta segunda deve ter impacto significativo nas relações políticas do Palácio do Buriti. A movimentação indica que, enquanto tenta manter aliados estratégicos perto do núcleo duro do governo, Rollemberg afasta eventuais vetores de crise.

 

Na Secretaria de Justiça, a saída de Lourenço representa a perda de poder da distrital Sandra Faraj (SD), que amadrinhava o gestor. A deputada é suspeita de embolsar verba indenizatória e forjar notas de empenho. Investigada, ela nega as acusações.

Durante a coletiva, Rollemberg negou que essas denúncias tenham motivado a troca na Justiça. “A substituição do Marcelo [Lourenço] não tem nada a ver com a questão política, é para dar celeridade ao processo do Na Hora”, afirmou.

Já Arthur Bernardes – cuja atuação na Economia foi alvo de críticas e insatifação do governo – escapou da demissão sumária. Atualmente, ele é o único representante do partido do vice-governador Renato Santana, o PSD, entre os secretários do GDF. Santana ensaia um afastamento de Rollemberg desde o ano passado.

Bernardes foi indicado pelo deputado federal Rogério Rosso, presidente regional do PSD e único parlamentar da legenda eleito no DF em 2014. A esposa dele, Karina Rosso, deve ser mantida como subsecretária de Micro e Pequena Empresa na pasta de Economia.

A saída de Márcia de Alencar, após 15 meses no cargo, atende a reivindicações antigas das forças de segurança do DF. Comandantes, sindicatos e associações pediam que a pasta fosse comandada por um policial de carreira – a exemplo do novo gestor, Edval Júnior, que é delegado da Polícia Federal.

A transferência da Subsecretaria do Sistema Penitenciário para a pasta foi feita enquanto Márcia estava à frente da Segurança. Em fevereiro de 2016 – quando ela completava um mês no cargo –, uma fuga de dez presos no Complexo Penitenciário da Papuda levou à troca de gestores e à mudança na divisão administrativa.

Já a convocação de Antônio Valdir para o governo atende a uma aposta pessoal de Rollemberg. O atual gestor do Sebrae é irmão do deputado distrital Chico Leite (Rede) e, segundo o governo, deve assumir o cargo com a função de restaurar o Pró-DF. O programa de incentivos a empresas foi reformulado em 2016, mas ainda não “deslanchou”.

Conheça os novos gestores

Bacharel em administração de empresas pela UniDF, é o atual superintendente do Sebrae local. Funcionário de carreira no Banco do Brasil, participou de projetos de apoio a cooperativas e empreendedores na instituição.

Segundo o GDF, Oliveira Filho também atuou no grupo de trabalho que criou o Banco Popular do Brasil, pioneiro na especialização em microfinanças. É ex-presidente da associação brasileira de Sebraes estaduais (Abase), atuou no Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado do Ministério do Trabalho e na Diretoria de Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil.


Novo secretário de Justiça do Distrito Federal, Arthur Bernardes (Foto: Toninho Tavares/GDF/Divulgação) 

Secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável desde o primeiro dia de governo Rollemberg, Arthur Bernardes é advogado tributarista com especialização em políticas públicas. Entre 2001 e 2002, atuou na Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico e no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Foi diretor, chefe de gabinete e administrador regional de Ceilândia, e também ocupou cargos de gestão na Codeplan. Filiado ao PSD, foi assessor especial de Rogério Rosso no governo do DF, entre abril e dezembro de 2010.

Edval de Oliveira Novaes Júnior, novo secretário de Segurança Pública

 


Secretário de Segurança Pública do DF, Edval de Oliveira Novaes Júnior (Foto: Toninho Tavares/GDF/Divulgação) 

Delegado da Polícia Federal, foi subsecretário de Comando e Controle do Rio de Janeiro na gestão do secretário José Mariano Beltrame – que chegou a ser convidado por Rollemberg para assumir a pasta, mas recusou a oferta.

No Rio, o atual secretário de Segurança de Duque de Caxias ajudou a implantar o Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria de Segurança, segundo o governo do DF. O órgão de comando foi usado em megaeventos como as copas das Confederações e do Mundo, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos e a Jornada Mundial da Juventude.

G1

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