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Policiais civis de SP cobram produtos de proteção pessoal para surto

por Editoria Delegados

SP: Sindicato dos delegados paulistas pede a uniformização de procedimentos e a implementação de protocolos para toda a categoria durante a pandemia


Policiais civis cobraram nesta terça-feira (24) ações da SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo) por melhores condições de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com a presidente do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo), Raquel Kobashi Gallinati, as principais queixas são a falta de produtos para proteção pessoal (máscaras, luvas e álcool gel) e de um reescalonamento dos turnos para diminuir o efetivo nas delegacias e demais pontos de atendimento ao público.

“Não há padrão. Há uma falta de protocolo durante essa situação adversa da covid-19. Algumas delegacias estão se virando da melhor forma possível. Até os próprios delegados plantonistas se viram como podem. Mas os policiais e as pessoas que vão às delegacias estão em risco. Não foi fornecido [material de proteção pessoal] e as escalas não estão reduzidas em alguns lugares”, ressaltou Raquel Kobashi Gallinati.

Segundo a delegada, poucas repartições reduziram os quadros e disponibilizaram materiais para a higiene dos agentes públicos. Na visão da policial, a situação que expõe o “despreparo das autoridades da segurança” na implementação de regras para a atuação durante o surto de coronavírus.

“A secretaria normatizou regras para os funcionários que trabalham na sede [da pasta]. Vejo muitas reclamações de vários colegas do Estado inteiro sobre a falta de uma regra e a insegurança [no trabalho]”, complementou.

Uma portaria assinada na última segunda-feira (23) determinou a redução do expediente a todos os servidores administrativos da SSP-SP, independentemente do local da prestação de serviços, mediante divisão equitativa do efetivo disponível, a ser cumprido em dias alternados ao longo da semana.

Também está suspenso, por tempo indeterminado, o protocolo de documentos por meio físico nas dependências da pasta. Durante a suspensão, os documentos deverão ser digitalizados e encaminhados eletronicamente.

A Adesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), iniciou uma campanha junto a empresários para angariar doações de máscaras e álcool gel, estoque que deve ser disponibilizado em delegacias do Estado.

“Em um momento de crise, como a pandemia que estamos enfrentando, é importante a união de todos. Precisamos proteger e valorizar o ser humano policial”, frisou o presidente da entidade, Gustavo Mesquita Galvão Bueno.

Boletins de ocorrência via internet

Ainda nesta terça, o governador João Doria (PSDB) anunciou, durante uma entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, a inclusão de crimes no rol de boletins de ocorrência que podem ser elaborados pela internet, sem a necessidade presencial em um distrito policial.

Podem ser feitas por computadores, smartphones ou tablets notificações de roubo ou furto a residência, roubo ou furto a estabelecimento comercial, crimes contra o consumidor, roubo ou furto de carga, ameaça e estelionato. A medida serve para evitar aglomerações e reduzir a disseminação do coronavírus.

A ampliação da Delegacia Eletrônica estava prevista para ser colocada em prática no segundo semestre deste ano pelas autoridades do governo estadual. Mas, foi antecipada devido à chegada da disseminação da covid-19 em Sâo Paulo, Estado que concentra o maior número de casos da doença no país.

Outro lado

O R7 procurou a SSP-SP sobre as denúncias feitas pela presidente do Sindpesp em relação às condições de trabalho dos policiais civis durante o surto do novo coronavírus, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

R7

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