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Polícia Civil da Paraíba confirma fraude no concurso do TJ de Pernambuco

por Editoria Delegados

Fraudes através da venda de gabaritos, em diversos concursos. Veja as evidências!

Delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações da PCPB. Qualificado para escolha dos Melhores Delegados de Polícia do Brasil

A Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da Polícia Civil da Paraíba obteve provas concretas de que uma organização criminosa, especializada em fraudes em concursos públicos, atuou no concurso do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.

Batizada de “Operação Gabarito”, a investigação – que abrange uma série de concursos em todo o país – descobriu um esquema de venda de gabaritos do concurso TJ-PE, cuja prova objetiva aconteceu no dia 15 de outubro, e que culminou com a prisão de um dos chefes da organização criminosa.

De acordo com o delegado titular da DDF, Lucas Sá, entre as provas da fraude no concurso TJ_PE estão conversas pelo aplicativo WhatsApp de Flávio Borges, um dos líderes da organização criminosa (Orcrim), e outro membro que ainda está em liberdade – por isso tem seu nome mantido em sigilo.

Confira as imagens das conversas:

 

 

 

Em um dos trechos da conversa, é possível ver que os suspeitos também combinavam a aplicação de fraude no concurso da Universidade Federal da Bahia. Segundo o Delegado, a operação gabarito já identificou fraudes em mais de 70 concursos, o que teria gerado mais de R$ 21 milhões de lucro para a organização criminosa envolvida.

Em nota, a Polícia Civil da Paraíba informou que está tomando todas as medidas para a identificação e a exclusão de todos os beneficiados pelo esquema dos concursos envolvidos, bem como para a prisão dos membros da orcrim.

Delegado acredita na anulação do concurso

Ainda de acordo com o delegado Lucas Sá, a investigação já foi encaminhada para a Polícia Civil de Pernambuco, e o Ministério Público da Paraíba também já foi acionado para entrar em contato com o MP de Pernambuco. Ele não consegue estimar o prejuízo causado pela quadrilha, mas diante das provas colhidas até agora, acredita que o concurso do TJ-PE deve ser anulado.

“Em face da dificuldade criada pelo IBFC (organizadora do concurso), não tivemos como atuar no TJ-PE. Por isso não sabemos o prejuízo causado. Mas entendo que o certame deve ser anulado. Diferente do MPRN, no qual a COMPERVE deu total apoio. Conseguimos identificar todos os beneficiados, por isso não precisou anular o concurso”, diz ele, citando outra investigação em que a máfia dos concursos atuou.

MP de Pernambuco analisa denúncias

O Minstério Público de Pernambuco diz ter recebido mais de 400 notificações sobre irregularidades no concurso do TJ-PE, e que está analisando o material. Uma petição pública com mais de 12 mil assinaturas também foi criada na internet

 

Tribunal de Justiça de Pernambuco recebe candidatos insatisfeitos

Apesar de ter deixado toda a organização do concurso e a responsabilidade de responder por ele nas mãos do IBFC, o Tribunal de Justiça de Pernambuco está de olho nas denúncias de irregularidades que cercam o concurso TJ-PE. Na sexta-feira, 20, o desembargador Leopoldo Raposo; o diretor-geral da instituição, Ricardo Lins; o secretário de Gestão de Pessoas, Marcel Lima; e o chefe da Assistência Policial Militar e Civil, tenente-coronel Valfrido Curvêlo, receberam quatro candidatos do concurso público no Palácio da Justiça.

Na reunião, os candidatos entregaram um abaixo-assinado pedindo o cancelamento da seleção, fizeram reivindicações e ouviram orientações de como agir para que os pedidos sejam apreciados dentro do trâmite legal.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco reconheceu a manifestação dos candidatos como legítima, e se manifestou reiterando que não tolerará irregularidades de qualquer ordem no concurso. Caso comprovada alguma, o TJ pernambucano tomará as medidas adequadas à situação.

Folha Dirigida

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