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Omertà: acusado de integrar milícia, policial federal é solto em Campo Grande

por Editoria Delegados

Everaldo Monteiro de Assis, preso por supostamente integrar a milícia de Jamil Name

O policial federal Everaldo Monteiro de Assis, preso por supostamente integrar a milícia de Jamil Name, ganhou liberdade nesta terça-feira (27), em Campo Grande. Everaldo era conhecido como ‘’Jabá’’ e usava de seu acesso na Polícia Federal para fazer dossiês contra inimigos da quadrilha.

A decisão é do juiz Roberto Ferreira Filho, que destaca que, por lei, a prisão preventiva deve ser reanalisada periodicamente. Além disso apontou que a função de Everaldo na quadrilha se dava no núcleo de apoiadores, não tendo função expressiva na organização.

‘’…o requerente é acusado de integrar organização criminosa armada e violação de sigilo funcional, ou seja, sem indícios robustos acerca da sua participação na execução de outros delitos graves, diferentemente do que sucede com outros acusados em relação aos quais, ao meu sentir, a prisão cautelar ainda se justifica e se impõe…’’, escreveu o magistrado.

Outra argumentação do juiz é que o processo contra ele está em fase avançada e descarta risco à ordem pública.

Assim que for solto, Everaldo (imagem) terá de comparecer mensalmente à Justiça, usar tornozeleira eletrônica e, entre outras medidas cautelares, não manter contato com nenhum envolvido ou investigado na Operação Omertà.

Operação Omertà

Everaldo Monteiro de Assis foi preso em 27 de setembro de 2019, acusado de usar o sistema da Polícia Federal para realizar buscas e informações sobre inimigos da família Name e também da organização de Fahd Jamil, na fronteira com o Paraguai.

A Polícia e o Gaeco encontraram materiais que mostram o uso do sigilo funcional para abastecer as quadrilhas com informações contra desafetos. Entre os nomes de pessoas pesquisadas por Everaldo, algumas foram assassinadas e os crimes atribuídos a Jamil Name e Fahd Jamil.

Da Redação e UOL

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