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Maior operação contra a corrupção policial no RJ prende 59 PMs

por Editoria Delegados

RJ: PMs são acusados de cobrar propina de traficantes e de vender drogas

 

No Rio de Janeiro, cinquenta e nove policiais militares e sete traficantes foram presos numa operação da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual contra a corrupção policial.

Policiais civis saíram nesta quinta-feira (30) para dar voz de prisão a noventa e seis

PMs. Alguns estavam em casa, de folga, e tiveram que entrar nos carros da polícia militar, só que dessa vez presos.Outros foram detidos nos batalhões onde trabalham.

As investigações da Operação Calabar começaram em fevereiro do ano passado. Inicialmente, o objetivo era apurar denúncias de propinas a policiais militares, para que eles não reprimissem o tráfico em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Mas aos poucos, a história foi mudando.

A polícia civil descobriu que, além de propinas, os PMs investigados e os traficantes agiam juntos, em cinquenta comunidades da cidade.

 

Delação premiada

O esquema criminoso foi revelado depois da prisão de um investigado, que era responsável por recolher o dinheiro da propina dos traficantes e entregar aos PMs. Ele foi incluído no programa de proteção à testemunha, fez um acordo de delação premiada e deu detalhes de como a quadrilha funcionava. Contou que a corrupção rendia aos policiais militares até R$ 1 milhão por mês.

“Eles forjavam apreensões, os traficantes de droga deixavam determinada quantidade de drogas em um local previamente acordado, previamente agendado, e os policiais incursionavam na comunidade e faziam aquela apreensão. A única proteção e o único serviço pra eles era encher os seus bolsos de dinheiro”, diz o delegado Marcus Vinícius Amim.

A operação de hoje também cumpre mandados de prisão contra 70 traficantes. Os investigadores dizem que a corrupção dos policiais influenciou no aumento da violência em São Gonçalo. A cidade é uma das mais inseguras do estado, com 30 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes, três vezes mais do que a Organização Mundial da Saúde reconhece como normal.

Em nota, a polícia militar disse que a corregedoria da PM ajudou nas investigações e que é contundente na apuração de desvios e exclusão de seus agentes.

G1

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